A decisão de procurar um profissional
de saúde mental não é fácil. Passa por uma série de mitos, preconceitos e
estigmas. A primeira pergunta que muitos fazem é: “Se eu não sou louco, para
que procurar o Médico Psiquiatra?”
É uma dúvida muito comum da maioria da
população, uma vez que a psiquiatria vem, vagarosamente, vencendo os obstáculos
dos preconceitos, facilitando o acesso ao tratamento e assim, proporcionando
alívio do sofrimento psíquico e restituição da qualidade de vida perdida na
vigência de perturbação mental.
Atualmente, admite-se que o homem é um
ser BIOPSICOSSOCIAL, uma vez que é afetado globalmente por todos os aspectos
inerentes á sua complexa forma de organização.
O primeiro ponto a esclarecer é que a
psiquiatria não cuida apenas de doentes sem crítica, que estejam delirantes ou
com alucinações. Cuida de ansiedade, depressão, instabilidade, irritabilidade,
agitação. Enfim, cuida do sofrimento psíquico. Todos nós, em maior ou menor
grau, devemos experimentar sentimentos de tristeza, angústia, ansiedade,
alegria, raiva, irritação, pois estes sentimentos reações normais aos eventos
vitais.
O limite que faz com que pensemos em
doença é o sofrimento prolongado para si e outrem. Quando os estados passam a
ser duradouros, comprometendo esferas social, familiar, laborativa e afetiva,
devemos pensar em procurar um profissional. Infelizmente muitas pessoas levam
anos até iniciar o tratamento. Isso pode ajudar a cronificar certos quadros,
dificultando seu tratamento.
Além disso, o estado emocional
relaciona-se com o sistema imunológico e seu comprometimento pode reduzir
nossas defesas.
Imagine quais são as escolhas que um indivíduo
pode fazer: buscar ajuda e tratamento psiquiátrico com um médico especializado
que saberá orientá-lo a fim de definir o melhor projeto terapêutico, ou
acreditar que faz parte da vida este sofrimento e considerar que, não sendo
louco, jamais procurará um psiquiatra.
Resumo das mais frequentes indicações para procurar um Psiquiatra:
1- Sofrimento mental que atrapalha a
vida.
2- Mudança de comportamento
significativo.
3- Percepção dos familiares de que
houve mudança de comportamento que pode comprometer a vida do indivíduo.
Na dúvida, busque informações e
auxílio.