Hoje ao assistir ao Fantástico, vi uma entrevista com um amigo psiquiatra. E me lembrei de mais uma vez falar sobre as depressões.
Este é um tema recorrente em meu blog, mas devido sua enorme relevância, sempre é bom recordarmos.
Segundo
descrito por Kaplan e Sadock (1997), as depressões constituem um grupo de
condições clínicas caracterizadas pela perda de senso de controle e uma
experiência subjetiva de grande sofrimento. Os pacientes com humor deprimido
têm perda de energia e interesse, sentimentos de culpa, dificuldades para
concentrar-se, perda do apetite e pensamentos sobre morte e suicídio. Outros
sinais e sintomas incluem alterações nos níveis de atividade, capacidades
cognitivas, linguagem e funções vegetativas (como sono, apetite, atividade
sexual e outros ritmos biológicos). Essas mudanças quase sempre comprometem o
funcionamento interpessoal, social e ocupacional.
Não obstante,
as depressões são doenças crônicas e recorrentes, necessitando de tratamento a
longo prazo (ZAJECKA JM, 2000). Taxas
recorrentes das depressões são estimadas no mínimo em 50% para pacientes com um
episódio, e 80 a 90% para dois ou mais episódios (DELGADO PL, 2000).
Em seu manual
de psicopatologia Dalgalarrondo (2000) assinalou que do ponto de vista
psicopatológico, os quadros depressivos possuíam como elemento central o humor deprimido,
entretanto, advertiu que, uma multiplicidade de sintomas afetivos, instintivos
e neurovegetativos, ideativos e cognitivos, relativos à autovaloração, à
volição e à psicomotricidade podiam caracterizar estes quadros mentais.
Um dos
aspectos que mais incomoda a pessoa deprimida seria a falta de compreensão e do
entendimento mostrado por leigos (entre eles o paciente, seus familiares,
amigos e colegas de trabalho), que muitas vezes sugerem dúvidas da existência
de sofrimento, com falas ou pensamentos onde preponderam a não aceitação da
depressão como doença, relacionando-a a falta de vontade da pessoa, à falta de ocupação
ou à falta de esforço pessoal, chegando a extremos de falta de caráter.