Existe muita confusão neste tema, e frequentemente constatamos a utilização dos termos Qualidade de Vida e Saúde como sinônimos, algo incorreto. Para entendermos é preciso conhecer as definições oficiais da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Em 1958 a OMS definiu Saúde como:
“Estado de completo bem estar físico, mental e social, e não simplesmente a ausência de doença ou enfermidade”.
(Eu ainda acrescentaria o aspecto espiritual e religioso a essa definição).
Já em 1994 a OMS definiu Qualidade de Vida como:
"A percepção do individuo de sua posição na vida, no contexto de sua cultura e no sistema de valores em que vive e em relação as suas expectativas, seus padrões e suas preocupações".
Outra definição aceita é a de Gill e Feinstein (1994) que definiram: “Qualidade de vida é um reflexo da maneira como o paciente percebe e reage ao seu status de saúde e a outros aspectos não médicos de sua vida”.
Outro estudioso, Calman (1984), definiu Qualidade de Vida como o “hiato entre expectativas e realizações”. Quer dizer: o indivíduo pode atingir um bom nível de qualidade de vida buscando um aumento de suas realizações (satisfação com o sucesso) ou uma diminuição de suas expectativas (satisfação da resignação).
Note que a relação existente entre Qualidade de Vida e Saúde está no fato de que a ausência de Saúde interfere negativamente com a percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto de sua cultura e no sistema de valores em que vive e em relação as suas expectativas, seus padrões e suas preocupações. Logo um prejuízo na Saúde leva a um prejuízo na Qualidade de Vida.
Entretanto, uma pessoa que apresenta expectativas e preocupações exageradas (na forma de erro de auto julgamento), apresenta prejuízo na Qualidade de Vida. Mas não necessariamente está com sua Saúde prejudicada.
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